sábado, 15 de maio de 2010

O amor é demasiado confuso e estranho para ser quantificado ou qualificado por palavras ou actos. Quando alguém ama, ama por si e não pelo que os outros acham que é o amor. Posso muito bem amar imenso uma rapariga e simplesmente não o demonstrar ou sequer dizer-lhe. Há quem faça declarações de amor, canções de amor, cartas de amor. Há que diga que ama, quem demonstre que ama e quem pura e simplesmente ame.
O mundo mudou, as nossas prioridades mudaram e a possibilidade de ter um "amor louco" mudaram igualmente. Mas não implica que já não se ame. Ama-se sim de uma maneira diferente. Além disso, a concepção de amor e as nossas acções/reacções perante ele variam consoante de pessoa para pessoa. Não podemos julgar alguém com base naquilo que nós achamos que é o amor pois é relativo.
Mas é um facto que as pessoas quando começam ou estão numa relação pensam demasiado nos outros, no que os outros pensam e no futuro quando amar alguém é apenas que nos importe o que a pessoa amada pensa e o presente. O amor constrói o futuro e não o contrário.

Mas que sei eu...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O medo é uma coisa engraçada. Aparece-nos num sem número de formas e situações possíveis, tanto pode apenas causar um tremor como deixar-nos paralisados e sem reacção e calha a todos. Bem, pelo menos nisto é justo.
Todos temos medo de algo, uns mais que outros e uns conseguem controla-lo melhor que outros. Ter medo não significa necessariamente falta de coragem mas sim um bloqueio que não nos permite ver nem ir além das concepções que nos fizerem ter esse medo em primeiro lugar.
O acho realmente engraçado é que nem sempre aquilo que é mais real e mais danoso que nos aterroriza mais. Por vezes meras palavras podem ser mais aterrorizantes que possíveis atentados à integridade física. Medo vê-se não só na incapacidade de agir ou reagir perante certas situações como também na incapacidade de as ultrapassar.
Acho deprimente o facto de conseguir e já ter reagido em situações de possível confronto físico e não ser capaz de dizer 3 simples palavras.


sábado, 8 de maio de 2010

princípios

Este foi o trabalho prático que fiz aquando do meu exame para cinto negro de Taekwondo. Estes são os princípios desta arte marcial e os princípios que tento incutir a mim próprio todos os dias.

Cortesia: O significado deste primeiro princípio é a base para todas as relações humanas. Ser cortês significa ser humilde perante nós e perante os outros, a humildade de aceitar que não detemos todo o conhecimento e a disponibilidade para uma constante aprendizagem.
Ser cortês é também a preocupação com o bem estar dos outros e que nas nossas acções esteja presente esse mesmo bem estar. O praticante de Taekwondo tem o dever de ser um exemplo perante a sociedade portanto a presença deste princípio é indispensável no dia-a-dia do Taekwondista.

Integridade: Nos dias de hoje a tentanção que nos rodeia é um verdadeiro desafio ao carácter do ser humano em geral e do praticante de Taekwondo em particular. Ser íntegro implica ser verdadeiro, com os nossos princípios e valores. Implica fazer aquilo que consideramos certo mesmo que seja o mais díficil a fazer.
Ser íntegro é ter um forte sentido de justiça e impôr-se sempre que necessário, ser verdadeiro e fiel aos nossos valores e principios independentemente da situação. No entanto implica também manter um espírito auto-critíco avaliando as suas acções e de constante melhoria.

Perserverança: Este é o princípio que indica a capacidade do praticante de Taekwondo em ultrapassar todos os obstáculos e todas as barreiras, não só dentro do universo do Taekwondo mas também no seu dia-a-dia. É a perserverança que nos permite a constante evolução que procuramos e a focagem nos nossos objectivos. Dá-nos a força e a coragem para perseguir independentemente das adversidades com que nos cruzamos.
São as dificuldades e a capacidade de as ultrapassar que nos fortalecem tanto física com mentalmente e nos fazem crescer como seres humanos.

Auto-domínio: Sendo o atleta de Taekwondo treinado para executar técnicas precisas e eficazes, este é o princípio que nos permite manter o controlo sobre nós mesmos de forma a evitar conflitos desnecessários.
Este princípio é a base para o equilíbrio mental e físico necessário dos praticantes de Taekwondo pois ele manter o controlo das emoções, sejam elas alegria, tristeza ou frustração que nos permitirão tomar a melhor decisão em cada situação e das técnicas que executamos.


Espírito Indomável é a paixão, o fogo e o desejo que todos os praticantes de Taekwondo têm. É a força que nos impele à procura de mais e de melhor, que nos permite ir sempre mais além independentemente de qualquer dor ou cansaço. O Espírito Indomável é o Yang de cada praticante que nos faz defender com todas as forças os nossos valores e princípios, lutar sempre por ser e fazer mais e melhor.
O praticante de Taekwondo com um bom Espírito Indomável é uma pessoa forte, confiante e pronta para lutar.



Cumprimentos,

terça-feira, 4 de maio de 2010

O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte
- Mahatma Ghandi.


Gostava seriamente de acreditar nisto.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

a minha crença

Recentemente redescobri a minha crença em Deus. E porquê? Porque percebi que o mundo é composto por um equilibro que não me parece possível que o ser humano, falível e limitado por natureza, consiga criar sequer a ideia de um equilíbrio tão perfeito, tão natural, tão... equilibrado.
Amor e ódio, são sentimentos completamente opostos mas em que sem um não existe o outro. Estes dois sentimentos completam-se apesar de serem como água e azeite. É portanto este equilíbrio que me faz ter fé em algo superior à minha mera mortalidade. É este equilibro que me faz crer que todos nós temos um pressuposto para a nossa existência, que no fim serei julgado pela pessoa que fui, sou e serei e pelas acções que fiz, faço e farei. Se assim não fosse, porquê da existência deste equilíbrio? Porquê existirem valores morais e éticos? Porquê a existência de sentimentos como justiça, paz, amor, ódio ou tristeza quando poderíamos apenas existir como animais? E quem sabe até mais felizes... Afinal, a ignorância é um estado de felicidade.
É a crença neste equilíbrio que me faz crer em algo superior a mim. Há quem lhe chame "karma", há quem lhe chame justiça divina. Eu apelido-o daquilo que melhor conheço. Eu chamo-lhe Deus.

Cumprimentos,

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Believe in me when i say
That I've never felt this way before

I'm staring into your eyes
And it seems like the entire world stopped
It's just you and me at this moment
I don't want it to end

I don't want to be far from you
Not even for one second
I don't want to be far from you
Not even for one second

I know I've made some mistakes
I know this hurts you
And it's killing me inside

I know that my love is hard to believe
I swear I won't let you down again

You're everything that I always wanted
You're everything to me
You're everything that I always wanted
You are everything to me

Believe in me when i say
Thet I never felt this way before

I know we see the world
In a different way
But I will change
I will change

'Cause I don't know how to live without you
'Cause I don't know how to live without you

I know we see the world
In a different way
But I will change
I can change

Believe in me when i say
That I've never felt this way before

Música: Amo-te
Autor: TwentyInchBurial

sexta-feira, 23 de abril de 2010

fascinios de um português

Tenho por hábito dizer que português que é português tem obrigatoriamente que se queixar, seja do que for e porque razão for. Mesmo que na realidade não tenha nenhuma. ora vejamos:
O português queixa-se dos políticos que nos governam, mas votam neles.
O português queixa-se dos serviços de saúde, mas sempre que tem uma constipação entope o hospital.
O português queixa-se do desemprego, mas recusa ir trabalhar para aquilo que chama um trabalho inferior. Mesmo estando necessitado.
O português queixa-se do trânsito, mas vai para o trabalho de carro mesmo tendo transportes públicos mais baratos e mais rápidos.
O português queixa-se que somos o cu da Europa. Mas refila quando não lhes dão tolerância de ponto. Ou mete baixa para festejar o aniversário ou ir ver o Benfica.
O português queixa-se que somos o cu da Europa. Mas não perde uma oportunidade de mal-dizer o seu país. Mas é muito patriota! Afinal, canta o hino quando a selecção nacional joga...
E lista na parece-me não ter fim. No entanto, o português esquece-se que também contribui para aquilo que ele próprio se queixa. Esquece-se que tudo o que agora tem e que tanto se queixa é obra de muitos outros verdadeiros portugueses e que sem eles certamente teria muito mais razões para se queixar.
O português é a típica pessoa que se queixa de barriga cheia. Se se queixa por viver em Portugal... Imagino se vivesse no Darfur, provavelmente não conseguia porque estava ocupado demais a ser perseguido ou a ser morto. Ou se vivesse no Irão, provavelmente não se queixava porque não podia; Na China ou na Coreia do Norte, onde tens que te vestir com lantejoulas e pom-pons se não és contra o regime e és preso por isso.

Portanto português, continua a queixar-te. Pode ser que um dia queiras ter de volta aquilo a que agora tanta indignação te causa.


Cumprimentos,

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sempre fui uma pessoa, digamos, bastante divagadora. Penso demais. Penso em tudo, em mim, nos outros, no que os outros pensam de mim... Em suma, penso demasiado.
E é nestas minhas divagações mentais que dou por mim a pensar no conteúdo do meu carácter.
Cresci e fui educado segundo os valores da igreja e de uma família católica, aprendi a ser uma pessoa educada e respeitadora perante todos e em especial com as pessoas mais velhas, valores que ainda hoje mantenho. Foi-me ensinado também a perdoar, não guardar rancores e, como Jesus Cristo, dar a outra face. Estes foram os valores que me foram incutidos e que, racionalmente, considero bons e justos.
Mas (há sempre um mas)a realidade entre o meu "eu lógico e racional" e o meu "eu real e emotivo" é muito díspar. No dia-a-dia, sou facilmente irritável, sou rancoroso com certas pessoas e perante certas situações. Muitas vezes perco o meu auto-domínio e atropelo princípios básicos como respeito e boa educação. Rebaixo-me por vezes a um nível que não é o meu precisamente por pensar em demasia e tomar as coisas demasiado a peito.
Pergunto-me muitas o porquê de tal disparidade entre o "eu lógico e racional" que é o meu ideal de ser humano e o "eu real e emotivo" que é aquele que mais sobressai em mim. A resposta não é concreta e muito menos definitiva, simplesmente sou alguém que nasceu rodeado de problemas, numa sociedade egoísta, auto-destrutiva e cada vez mais desprovida de valores morais e éticos. Parece um cliché culpar a sociedade pelos males de um mas não é o caso. A quota parte de culpa da sociedade só vai até certo ponto, tudo o restante é culpa minha. Culpa por não ter força suficiente para impor os MEUS valores independentemente da sociedade e do ambiente que me rodeia, culpa por não ter força suficiente para não conseguir mudar e influenciar positivamente aqueles que me rodeiam.

Sendo que a perfeição não existe e seria utópico dizer que me pretendo tornar o reflexo dos meus valores e princípios, resta-me apenas tentar ser uma pessoa melhor todos os dias durante o tempo que cá ando.

A vida é tão efémera que só tem valor aquilo que tentamos fazer dela.


Cumprimentos,

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carta ao futuro eu

Caríssimo eu do futuro,

Gostava sinceramente que relesses esta carta quem sabe daqui a 10, 15, 20 anos e comparar tudo aquilo que sou agora com aquilo que te tornarás. É estranho dirigir-me a mim próprio na 3ª pessoa, como se estivesse a falar com alguém que não eu.
Espero sinceramente que estejas bem e que a vida te corra de feição. Nunca tiveste grandes objectivos a nível profissional, a não ser teres um trabalho decente e honesto que possa providenciar à tua família uma vida confortável. Gostava de saber agora as medidas que tomar e as repercussões que irão ter no teu futuro, de forma que pudesse adoptar as melhores. Sei que nunca fui grande estudante mas sempre fui honesto e trabalhador, espero que isso seja recompensado no futuro.
Espero que estejas neste momento a ler esta carta em voz alta à tua família, de forma a que eles se possam rir um pouco da tua idiotice aquando jovem. Diz olá aos teus 3 filhos e dá um beijo carinhoso à tua mulher por mim (não fiques ciumento, afinal também é a minha mulher).
Como sabes sempre fui uma pessoa bastante... no mínimo peculiar. Sempre fui pouco motivado e pouco confiante. Espero bem que te tenhas melhorado estas características e tenha encontrado o sentido para todos aqueles sentimentos e pensamentos que eu ando neste momento a tentar compreender e justificar. Espero também que tenhas encontrado, obviamente, o amor da tua vida e aquela que será a mãe da tua prole independentemente de quem ela seja. Sim, espero bem que tenhas 3 filhos e pelo menos um deles tenha jeito para jogador de futebol!
Espero que continues aquele rapazinho sonhador que sonha todos os dias com a rapariga da sua vida e imagina formas da surpreender e espero que realmente a surpreendas.
Espero que te mantenhas fiel aos teus princípios e acima de tudo, a quem te ama sejam lá eles família ou amigos. Como sabes, nada é mais importante que lealdade.

Já são muitos "espero" e certamente estás farto de me ler, no entanto ESPERO (desculpa lá qualquer coisinha) que sejas feliz como sempre desejei ser. E espero que faças alguém feliz.

Um grande abraço,

O eu do presente (ou do passado, depende da perspectiva)

terça-feira, 13 de abril de 2010

tanto quero e pouco consigo.

se imaginasses todas as palavras que te quero dizer. todas os gestos que crio e recrio na minha cabeça. tantas palavras presas na garganta, travadas pelo medo. reprimidas pela insegurança. amedrontadas pelos demónios. se tu imaginasses os momentos pelos quais anseio, como quem asfixia por oxigénio...
se soubesses tudo aquilo que te quero mostrar. a ti, a mim... a todos.

quero guiar-te pelo caminho que eu próprio estou e preciso de descobrir. o caminho que tanto medo tendo de percorrer sozinho.
quero... preciso, que sejas a candeia que me ilumina cada passo. a estrela que me indica o caminho.

preciso de ti.

empunharei o meu peito a mil flechas. enfrentarei todos e qualquer inimigo. ultrapassarei todo e qualquer obstáculo. contigo a meu lado.

seu soubesses o que te quero dizer...

e se eu to conseguisse dizer.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

é tudo isto que tenho e tudo isto que te dei. e agora vejo que não sou nada mais que do que aquilo que me tornei... nada.

Aqui deixo mais um texto de minha autoria. Já tem alguns anos nas no entanto é dos poucos de todos aqueles que escrevi até agora que se aproveita.



amor e solidão. ambos sentimentos demasiado abstratos para serem definidos por palavras ou gestos. sentimentos opostos no entanto complementares. sem amor não há solidão, sem solidão nunca existirá amor.
o vácuo que se preenche por uma essência. o vazio criado pela inexistência de um reflexo. a agonia da solidão é substituída pela serenidade do nada. a alegria criada pelo amor torna-se na mais agoniante dor quando não existe um mar para desaguar.
dois sentimentos, duas essências de qualquer ser em constante conflito capazes de criar a mais perfeita das obras de arte e maior das destruições.


Beijinhos e abraços,

Zé.



ps- fiquem pois a saber, que Zé é o meu pseudónimo. Sim estou a armar-me em Fernando Pessoa. Já só falta o ópio e o álcool.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sinto a vida a passar-me diante dos olhos e eu imóvel, como que enraizado ao chão, preso à insegurança de um presente, à indefinição de um futuro e ao desalento de um passado que é isso mesmo… passado.

Olho para mim com insegurança daquilo que me tornei, daquilo que pretendia. Os valores que entendo como justos e adopto como meus e aos quais tantas vezes falho. A crença ao Deus que me acode nas horas de aperto e ao qual tantas vezes desiludo. As palavras e actos que digo ou faço e que tantas vezes magoam quem amo. Ou simples gestos que ficam por fazer e poderiam fazer tanta diferença.

Olho agora para trás vejo todos os momentos que marcaram a essência do meu carácter. Tantas batalhas, umas ganhas, outras perdidas. Tantos vales e serras galgados durante estes anos e pergunto-me se no fim me tornei naquilo que queria e naquilo que todos esperavam de mim. Valeu a pena? Será que sou aquilo que realmente sou? Ou apenas o reflexo de aquilo que passei?

Pergunto-me todas estas questões com um sentimento de insegurança e medo e com uma ponta de esperança de encontrar alguma resposta por este tubilhão de questões.

Por fim, dou por mim a olhar a chuva através da janela e lembro-me que amanhã dão notícias de sol.



p.s - parabéns a mim.

terça-feira, 6 de abril de 2010

a inauguração de uma obra típicamente portuguesa

Já vinha a pensar criar um blog deste género à uma série de tempo. mas como bom português que sou e orgulhoso das minhas raízes deixei arrastar até encontrar um trabalho com tanto tempo morto que me quase obrigou a cria-lo. O objectivo deste blog será, provavelmente, encher chouriços, ou seja, despejar aqui toda uma série de impropérios acerca do meu dia-a-dia e de eventuais inutilidades que nos cheguem através das notícias.

Tendo em conta que hoje não foi um dia particularmente famoso, deixo-vos um belo poema do grande Fernando Pessoa.

"E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela."

cumprimentos do zé.